Templates da Lua

20091016

Em frente á vida.



É sempre mais fácil seguir as placas e nunca dirigir na contra mão. Que seja a última vez que eu perco o sono em vão e sem volta.  Um dia comecei a falar por mim mesmo, mesmo percebendo que este dia ainda não terminou a pensar em ir embora de dentro pra fora. Fora tudo que existe eu criei algo novo, rejeitei as canções que eles cantavam em coro, pedindo socorro. Quisera eu explicar algo para o mundo. Levantar da cadeira dar voz a todo aquele fizeram mudo. Imundos, quando riram de você eles sangravam por dentro. Eram mortos, tão mortos que a noite tornou o céu escuro e a Lua começou a viver. E soube que apenas ela vivia, guiando os navios quando estes passaram a não se sentirem mais sozinhos. 
Diziam que só eu via aquilo, era esperto e corria enquanto todos dormiam e só eu dormia porque sonhava enquanto acordado e por isso eu acordei de verdade. Me cansei pela metade e a outra metade continuava a fazer planos improváveis, insanos e inimagináveis.  Enquanto girava a terra a cabeça rodava em torno de mim mesmo. Um dia tornou se um século e um século não bastou pra libertar o meu povo, faze los nascerem de novo. Eu não vou mentir sobre os dias em que chorei, não vou sorrir pra fingir algo que eu não inventei.
Tantos dias pra concluir uma ideia tão antiga. Covarde é quem não sonha e era no espelho que ele via as marcas de tantas outras guerras na Terra. Soldado valente nunca fugiu da batalha até colecionava medalhas. Era um bom menino como eu, não respondia aos cachorros que latiam nem se molhava com as constantes chuvas que lhe ofereciam. O vento garantia o quanto ele se fazia forte e dono de confusões que sozinhas não se dissolvem.

Era corajoso não apenas por não temer a morte. Não apenas por enfrentar os minutos e as horas. Mas por amar ao próximo como a ele mesmo. E este amor era um pedaço maior do que ele inteiro.